Sobre frilar

abril 19, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


Eu não acho que sou a pessoa mais indicada para falar sobre vida de freelancer. Até porque o objetivo principal dessa minha nova fase é focar em projetos pessoais, e não em achar clientes (claro, vou tentar uma coisa aqui e ali, como esse texto que publiquei no site The Pool, mas não é a prioridade, pelo menos agora). Mas sempre tem gente que me pergunta 'como é ser freelancer', então vou dar meus dois centavos.

É difícil pra caramba.

(Eu podia encerrar o post aqui)

Como eu já estive dos dois lados - recebendo emails de freelancers sugerindo ideias e mandando essas ideias para editores - acho que tenho uma visão ampla da coisa. Os editores sempre muito ocupados e gerenciando um orçamento pífio. Os frilas sempre cheio de ideias e mandando vários emails, quase sempre sem retorno. Ser freelancer é ser ignorado diariamente. Mandar emails com sugestões de artigos e reportagens e quase nunca receber respostas.

Quando eu estava do outro lado, jamais deixava um freelancer sem resposta. Acho uma tremenda falta de educação. Mesmo que a ideia seja péssima ou nada tenha a ver com o que a publicação faz, todo mundo merece um feedback. E, as vezes, o problema é pura e simplesmente falta de dinheiro. Então, qual o problema em falar: não dá agora, não temos orçamento para freelancers.

Bom, mas é claro que a vida fora do escritório tem muita coisa boa. Tem parque a tarde, tem almoço com amigos, tem museu em dia de semana. Tem viagem sem precisar ver se tem dias sobrando de férias, tem um equilíbrio muito melhor entre tarefas de casa e não fazer nada.

Acho que se eu precisar dar uma dica apenas para quem está buscando esse estilo de vida profissional, essa dica seria: insista. Procure as publicações que combinam com o seu estilo (no meu caso né, pois eu escrevo), mande emails, depois mande de novo e de novo. Use as mídias sociais para mostrar e procurar trabalho. Se ninguém responder a sua sugestão de artigo, escreva mesmo assim e publique em um blog, ou no medium, ou no Facebook.

E, se alguém que leu isso aqui quer dar seus dois centavos também, deixe um comentário!

2 comentários:

  1. Que legal, Helô, texto rápido, direto e sucinto! Meu marido trabalha numa agência mas alia algumas trabalhos de freelancer também, e realmente não é das coisas mais fáceis da vida hahaha. Mas é isso que você falou né? Insistair. Depois que sai do Brasil tô pensando em correr atrás disso também, temos que tentar né? Beijos.

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  2. Concordo plenamente. Comecei há alguns meses nessa vida e vejo o quanto é difícil. Mas o foco nessa qualidade de vida é o que faz continuar. Insistindo e insistindo. Uma hora dá certo, né?
    Acredito que, se algum dia estiver do outro lado, vou fazer como você disse: não ignorar. Antes de tudo, acho que a gente jamais pode dar ao outro o que não gostaríamos de receber.
    Adorei seu texto!
    Beijos,
    Dayana

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